...que partiu do Auditório do Cursinho da Poli, onde tivemos uma pequena palestra poética explanatória com a presença dos autores mexicanos Alberto Trejo, Luis Paniagua e René Horales; eles nos contaram um pouco sobre como deram início aos seus infindáveis giros literários.
...então saímos a passear pela região, flanando, apreendendo os traços de sua histórica originalidade, a ocupação ansiosa de todos os seus espaços - e seja como Deus quiser! - que revelam uma Santo Amaro apressada, e ao mesmo tempo, como uma espécie de "Princesinha da Zona Sul".
...demos de cara com a Santa Casa da Misericórdia - Misericórdia Para Com Os Necessitados Da Saúde!
...seguimos em direção a Igreja Matriz, majestosa imponência assentada no cume do Largo Treze - nos misturamos, nos perdemos, nos diluímos em seu entorno popular.
...e acompanhamos o susto dos camelôs varridos de suas calçadas em estreitas vielas emendadas - com traços de mercado árabe - acuados pela polícia higienista que quer porque quer suas centenas de miudezas coloridas espalhadas...
...a molequeiria sobrevivente de geração em geração que ali transforma - com atitude e garra! - tudo em pão com fanta-coca-cola-dvd-piratas-contas-e-alegrias; mas como?
...invadimos a Praça Floriano com suas inexplicáveis cercas que tudo separam, e reverenciamos solenemente à memória das letras santamarenses diante do totem em homenagem ao seu Poeta maior, e Dramaturgo também, "Paulo Eiró".
...nos fixamos no coreto e fizemos uma primeira leitura - Poema "Fatalidade", do próprio Paulo Eiró, nosso anfitrião espiritual, morto em 27 de junho de 1871.
...finalmente chegamos à Casa Amarela, antigo cadeião da cidade, onde o bicho pegava, e que hoje, reformado, bela arquitetura, se transformou no Paço Cultural Júlio Guerra; parece que cultura e marginalidade sempre andam de namoricos, e tititis.
...e foi lá que rolou, às 17 hs, O Sarau FLAP Porto Libre V, com Los 13 do Largo 13; mas isso eu conto em outro post.
por Rui Mascarenhas
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